Casos da Semana 4

 
Liceu Nacional de Viseu, Turma D do 4.º ano (actual 8.º) Aula de Português. Lição n.º 48, 7 – 2 – 964. Professor: Simões Gomes.
 
Para provar o atraso,
 
Busca um caso.
 
O provérbio não é antigo, nem do povo, é simplesmente meu.
 
Como tal assim procedo e para provar que os logros do tipo «conto do vigário» ainda predominam entre a gente da nossa terra eu procurei um caso que por sinal nos toca de perto pois passou-se em Gouveia.
 
Um professor primário – para agravar ainda mais – comprou a um antiquário um «Cristo de madeira, autêntico românico» frase que o jornalista extraiu – e muito bem – da queixas feita pelo logrado à PSP.
 
Pois o «Cristo de madeira» – não era a imagem era o próprio – foi garantido ao comprador como sendo contemporâneo de Pôncio Pilatos e exactamente Aquele que foi julgado por esta figura e entrega às mãos do povo mas transformado misteriosamente em madeira e comerciado por um antiquário aldrabão.
 
Pois ele foi vendido como um escravo por treze contos. Na sua qualidade de «autêntico românico» o autor do artigo considera-o bem pago – pudera!
 
Ora a imagem foi todavia analisada por peritos. Estes seriamente concluíram que ela era falsa – que cara que o professor deve ter feito. O último sentindo-se lesado correu a casa do vigarista que por sua vez correu com o vigarizado com as mos a abanar e exclamando:
 
Meu caro, negócios são negócios?!
 
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.

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