Os Inseparáveis 4-

November 29, 2008
 
Continuaram. Novamente as provisões se esgotaram, desta feita, todavia, por menos tempo, pois, brevemente nova aldeia surgia.
 
Cautelosamente desembarcaram e aos presentes solicitaram comida servindo-se da linguagem Universal: os gestos. O azar tinha-os abandonado, perto vivia um rapaz que falava algum italiano. Foi na casa deste amigo, que eles imediatamente conquistaram que pernoitaram. Na manhã seguinte, o barco leiloado deu-lhes dinheiro suficiente para pagarem transporte, até a um centro de recrutamento. Tinham por fim realizado o seu sonho: iam salvar a Europa.
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.

O Caso da Semana 16

November 2, 2008
 
Liceu Nacional de Viseu, Turma D do 4.º ano (actual 8.º) Aula de Português. Lição n.º 45, 31 – 1 – 964. Professor: Simões Gomes.
 
T. p. C.
1) O caso da semana
 
 
O Caso da Semana
 
Há animais que na véspera de dar alguns seus semelhantes à luz são aconchegados pelos donos o melhor possível, com outros o caso não é assim e eles têm que se arranjar como poderem mas o que eu ainda não sabia era que as dores de parto podiam ser a causa de um falso alarme. Realmente assim aconteceu na Suécia».
 
Na casa de uma senhora, dona de uma gata, houve uma festa. Os acepipes foram servidos e os convidados serviram-se. No fim a cozinheira lembrando-se do animal cedeu-lhe algumas sobras que ela comeu de boa-vontade».
 
À volta da mesa a conversa generalizou-se e os convidados mantiveram-se sentados nas suas cadeiras».
 
Pouco tempo depois a cozinheira irrompe pela sala a exclamar que a gata tinha adoecido repentinamente. Murmurou-se, exclamou se, aconselhou-se e o brado foi geral: ».
 
– A comida está estragada vamos ao hospital fazer uma lavagem ao estômago».
 
Empurraram-se, e arrastaram-se cadeiras e todos se dirigiram ao hospital mais próximo. Efectuadas as lavagens, regressaram a casa e qual não foi o espanto quando depararam com a gata confortavelmente instalada, rodeada por seis gatinhos.
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.

O Caso da Semana 15

October 18, 2008
 
Liceu Nacional de Viseu, Turma D do 4.º ano (actual 8.º) Aula de Português. Lição n.º 42, 24 – 1 – 964. Professor: Simões Gomes.
 
T. p. C.
1) O caso da semana
 
 
O Caso da Semana
 
Eu, confesso, não [sou] muito dado a comover-me com notícias piedosas e tristes dadas pelos jornais. Esta não me apercebi bem disso mas creio bem que me impressionou apesar de não estar incluída em nenhum dos dois casos mencionados. O acontecimento é simplesmente uma prova de que ainda existe algum sentimento fraternal entre os «de lá» e os «de cá».
 
Repetindo a operação de sempre um jovem rádio-amador de nacionalidade alemã captou uma mensagem difundida por uma outra estação de amadores mas russos. Na mensagem solicitava-se um remédio raro para salvar a vida a um doente também russo.
 
Revelada às entidades oficiais a recepção da mensagem imediatamente se iniciaram negociações, pois o Hospital Universitário de Hamburgo revelou que possuía esse mesmo remédio. Horas depois a solução salvadora voava para a Rússia salvar um natural do país que tantos alemães tem assassinado. Mas isso já é outra história.
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.


T. p. C.

October 11, 2008
 
Liceu Nacional de Viseu, Turma D do 4.º ano (actual 8.º) Aula de Português. Lição n.º 41, 23 – 1 – 964. Professor: Simões Gomes.
 
T. p. C.
1) Conte um caso da sua experiência que justifique os versos de Luís de Camões: «Naquele ingano de alma ledo e cego
Que a fortuna não deixa durar muito»
 
 
«Um ingano d’alma ledo e cego
que a fortuna não deixa durar muito»
 
Nunca nenhuma carta me transmitiu tanto contentamento com aquela que recebido Lisboa, rubricada pela minha tia.
 
Ia, finalmente, gozar alguns dias, ou até talvez semanas, a Lisboa! A casa da tia! Corri a dar a notícia e não ficou um só dos meus conhecimentos sem o saber.
 
Já, anteriormente, lá tinha veraneado algumas temporadas mas nada restava gravado na minha «fraca» memória ou a ocupação desses dias tinha sido insuficiente para satisfazer a minha enorme ambição de conhecer aspectos e ângulos dessa grande urbe. Sendo assim, todas as noites e todos os dias, pelos quais prolonguei ainda a minha estadia na verdejante terra de Viriato, eu sonhava com grandes passeios, por grandes avenidas, conversando com novos conhecimentos, observando grandes montras, cheias de novidades e o trânsito, o imenso trânsito de Lisboa, do qual esquecendo o conhecimento que dele já adquirira, o sonhava regulado, metódico, cadenciado. Os amigos tê-los-ia, como os possuo aqui – embora raros, mesmo muito raros – e colegas teria também dezenas. Concluindo: a Lisboa que eu sonhava era uma Lisboa cheia de mecânica, de novidades, de invenções, enfim; uma Lisboa que apenas existia na minha imaginação.
 
A primeira decepção tive-a ao chegar à frontaria do imóvel onde minha tia tem o seu lar. Reconheci a fachada, a porta, as escadas, o elevador, mesmo a antipática porteira, nada – mau grado meu – me era desconhecido. Como este, todos os outros sonhos se desfizeram quando brutal e subitamente deparei com a realidade cruel da verdadeira Capital.
 
Amigos, confesso, não encontrei um único; com os colegas passou-se o mesmo. O trânsito encontrei-o tal e qual o deixara: rápido, atrapalhado, acidentado e as grandes montras, imaginadas repletas de novidades, eram afinal velhas, gastas, repetidas, sem interesse e uma «maçada».
 
Necessário é, porém, que aqui seja dito que nem todo o tempo eu perdi inutilmente mas muitas das minhas «caravelas» se afundaram perante o meu desespero.
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.

PPS Inspiracional

October 6, 2008
 
 
 
061224 GC Mutantes
 
 
061124 GC La fenètre
 
 
 
 
 
060915 GC Biblioteca
 
060908 VB Estratégias
 
 
 
060820 AV Claude Monet
O autor do texto, segundo pude apurar, é o Padre Zeca – Com Licença Vou Falar de Felicidade, Paulus.
 
 
060720 AV (at.) Optimismo
 
060719 GC (at.) Toques Zen
 
 
060629 AV Sonata ao Luar
 
 
 
060523 GC Samuel Armas
 
060520 GC Impossible
 
060509 AV Cuando
 
060418 LV Good Karma
 
 
060217 AV (at.) Certificado
 
060215 VB Eu Queria Ser
 
 
060128 GC Doutoras
 
060125 GC Sorria!
… E por isso, já faz parte de minha listinha, a de pessoas inesquecíveis que por aqui passaram…
Obrigada por existir
 
 
060116 AT Os Famosos
 
 

O Caso da Semana 14

September 28, 2008
 
Liceu Nacional de Viseu, Turma D do 4.º ano (actual 8.º) Aula de Português. Lição n.º 39, 17 – 1 – 964. Professor: Simões Gomes.
 
T. p. C.
1) O caso da semana
 
 
O Caso da Semana
 
Pelo que parece, – e o que é ilógico – as peripécias dos fabulosos assaltantes de bancos, que apreciamos nos não menos fantásticos filmes do género, não ficaram por aí, e são hoje – para admiração minha – uma realidade.
 
Contado; o infeliz narrador, teria o desconsolo, de ouvir dizerem-lhe: «Essa já é velha! Isso é nos filmes!»
 
Lida, com eu li, o grau de credibilidade aumenta um pouco.
 
Mas enfim, neste mundo de paradoxos, tudo é possível. Eu acreditei. E porque acreditei, passo a difundir a notícia:
 
Hamburgo. Um homem entra num banco. Usa boné. Desapercebidamente, aproxima-se do caixa. Subitamente aponta-lhe uma arma e o dinheiro muda imediatamente de dono. Tal qual como nos livros. A polícia assusta se, investiga, interroga, prende, liberta, mas nem de uma única pista os activos detectives se apercebem. O «ladrão fantasma» como lhe chama o «Comércio» – era muito mais pitoresco denominá-lo «Mr. X» ou pela tradução portuguesa «Senhor X» – sublimou-se, filtrou-se através das legiões policiais.
 
As investigações prosseguem e dez dias mais tarde num acto arrojado, o fantasma – pelos vistos grande apreciador de dinheiro – leva consigo mais a linda soma de 120 mil escudos, depois de aliviar a caixa, do que possuía e daquilo que se encontrava a seu cargo. Naturalmente, tendo ainda algumas algibeiras vazias, despojou os restantes funcionários e, acto contínuo, encerrou-os na caixa-forte.
 
O artigo fecha com uma nota desprestigiante para a famosa polícia e que transcrevo integralmente, para que possam avaliar a sua gravidade:
 
«Nos últimos três anos, foram cometidos em Hamburgo e arredores oito assaltos a bancos sem que nenhum deles fosse solucionado».
 
E agora, eu, também para fechar, aqui fico aguardando que um novo Trent, Poirot ou Charlie Chan desvende o mistério, e se por mero acaso algum argumentodor me ouvir ou ler – o que eu duvido – aconselho-o a não cansar a inteligência e basear o seu próximo filme nestes assaltos praticados por um ladrão que bate os recordes da astúcia e volatibilidade.
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.

O Caso da Semana 13

September 20, 2008
 
Liceu Nacional de Viseu, Turma D do 4.º ano (actual 8.º) Aula de Português. Lição n.º 36, 10 – 1 – 964. Professor: Simões Gomes.
 
T. p. C.
1) O caso da semana
 
 
O Caso da Semana
 
Após ter saboreado algumas obras dos maiores romancistas portugueses (Garrett e Herculano) e de viver com Henrique, Carlos e Jorge mudei-me para o 202.
 
O autor é Eça de Queirós, realista por excelência escreve com características novas para mim. A obra: A cidade e as Serras.
 
Com o seu monóculo ironizador, Eça ri-se da Cidade, da Civilização, do seu Príncipe.
 
Todos os instrumentos mecânicos são uma seca e todos os divertimentos uma verdadeira maçada. As várias fases de aborrecimento de Jacinto.
 
Com Eça o mecanizado 202 da Avenida dos Campos Elísios é atacado por enormes cataclismos: primeiro é a torneira donde brotava a água perfumada e aquecida necessária ao ilustre descendente de D. Galião; logo a seguir é a iluminação artificial eléctrica que tem um capricho e se apaga aumentando o grau de irritação do Príncipe; e depois é o famoso peixe de S. A. que «tanto trabalho lhe deu» que encalha no elevador aquecido pela água fervente que corre em canos ao longo da prateleira móvel que liga a cozinha à copa destinada a manter o calor dos manjares que serão seguidamente devorados gulosamente pelos convidados.
 
Finalmente Jacinto toma a resolução de ir assistir à inauguração da nova capela e espera ansiosamente as consequências.
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.

Poema: Sol e mar

September 1, 2008
 
O sol a brilhar
e o mar a andar.
O mar a girar
que o vento faz soprar.
 
O sol a aquecer
e o vento a ver.
O mundo a rodar
e as pessoas a brincar.
 
 
É bom ter SOL
e MAR
 
 
Rita Machado
8 anos

Vídeos Humor

August 24, 2008
 
 
 
060906 AV No Parlamento
 
 
060609 TZ É Um Assalto
 
 
060509 AV Chewing Gum
 
 
060505 AV Upper Class
 
 
060428 AV Basketgirl
 
 
060406 AV Yoga
 
 
060316 AV Insurgents
 
060314 AV Apanhados
 
 
 
 
 
041114 AV Fitness
 
 
010402 PF Heart Attack

O Caso da Semana 12

August 15, 2008
 
Liceu Nacional de Viseu, Turma D do 4.º ano (actual 8.º) Aula de Português. Lição n.º 33, 3 – 1 – 964. Professor: Simões Gomes.
 
T. p. C.
3) O Caso da Semana
 
 
O Caso da Semana
 
A técnica, encontra-se já nesta época, muito desenvolvida. Tal desenvolvimento, deve-se a inúmeros inventores, que colocaram a sua inteligência ao serviço da ciência e lhe deram uma feição nova. Com essa ciência, vieram, porém, muitos casos estranhos, por vezes recheados de bom humor e outras vezes produtoras de verdadeiras catástrofes.
 
Desta vez, intervieram o porta-aviões e um avião de reacção. Não teve consequências graves, mas podia ter custado a vida a um rapaz.
 
Foi assim:
 
Ao deslocar da plataforma do porta-aviões, que lhe servia de base, um caça, munido de um motor de reacção, aspirou um grumete que o observava. O desventurado apenas de dezanove anos de idade foi atirado ao mar o que era ainda mais de cuidado pois mal sabia nadar contudo conseguiu manter-se à superfície.
 
Devido à grande actividade existente a bordo o incidente passou desapercebido mas não completamente porque um colega e amigo de Igerson o procurou e não encontrou. Dirigiu-se à torre e o grumete foi chamado pela voz sonora dos altifalantes mas do chamado nem sombra. O comandante já preocupado ordenou ao torpedeiro que escoltava o seu navio que organizasse uma busca.
 
Acto contínuo potentes holofotes percorreram as águas do Oceano e 95 minutos após um deles fazia incidir o seu foco luminoso sobre a cabeça dum nadador que era nem mais nem menos que Igerson. Um após outro todos os outros holofotes se juntaram ao primeiro fazendo coincidir os raios de luz sobre o estranho «peixe» que como tal foi «pescado» para bordo.
 
Assistido pelos tripulantes, foi também por estes felicitado com «vivas» e «hurras» pois nada sofreu além do susto que no dizer do jornalista – e eu comparticipo da sua opinião – não foi pequeno.
 
Virgílio Azuíl, 13 anos.